terça-feira, 28 de julho de 2009

Ídolos: Década de 80 e 90

Ademir
O ex-volante Ademir, faz parte da história do Cruzeiro. Jogador do clube por quase 10 anos, ele participou da conquista da Supercopa em 1991, da Copa Master e Copa Ouro em 1995 e do Campeonato Mineiro em 1987/90/94.Natural de Toledo, no Paraná, Ademir começou sua carreira jogando no Toledo.
Aos 17 anos, foi promovido para os profissionais e, dois anos depois, foi comprado pelo Internacional, de Porto Alegre . Na equipe gaúcha, Ademir viveu o primeiro grande momento de sua carreira, pois, além do tetracam- peonato gaúcho de 1981/84, conquistou, pela seleção Brasileira a medalha de Prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984.
Em Março de 1986, Ademir foi negociadocom o Santo André, mas o volante não ficou no clube paulista muito tempo, pois, em setembro do mesmo ano, a pedido to técnico Carlos Alberto Silva, ele foi contratado pelo Cruzeiro.

Com pouco tempo na Toca, Ademir já tinha conquistado a admiração e o respeito de toda a gente Cruzeirense, não só pela aplicação dentro de campo comotambém pela conduta fora das quatro linhas. Em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul Ademir conquistou sua segunda medalha de Prata pela Seleção.Em 1992, o craque foi vendido ao Racing, da Argentina. Mas foi por pouco tempo, pois, no início de 1993, ele voltou à Toca da Raposa ainda a tempo de ajudar a equipe a conquistar sua primeira Copa do Brasil.


Dida

No início de 1994 chegou à Toca da Raposa um garoto alto, que no ano anterior havia impressionado o País inteiro com defesas sensacionais no Mundial de Juniores, conquistado pela seleção Brasileira, e na decisão do Campeonato Brasileiro, entre seu Vitória e o Palmeiras.

Com um jeito tímido e de poucas palavras, o garoto foi conquistando a confiança da torcida, que, há muito, desde os tempos de Raul, nào tinha um goleiro como ídolo. Os 19 anos pareciam multiplicados quando ele esbanjava experiência defendendo o gol do Cruzeiro.

Não demorou muito e passou a fazer parte da rotina da torcida Cruzeirense de, antes dos jogos, cantar com o maior orgulho do mundo: "Olé olé olá, Dida, Dida...". Dida começou jogando em clubes de Arapiraca, interior de Alagoas, onde passou grande parte de sua infância. Primeiro fez um teste no Bahia, mas não foi aprovado. Voltou para casa e passou a jogar no Cruzeiro de Arapiraca. Depois foi levado por alguns conhecidos para o Vitória, quando tinha 17 anos, em 1992. Dida considera que a tranquilidade é sua maior característica, sempre fica concentrado no jogo e, quando toma gols, não entra em pânico, pois é muito importante que o goleiro transmita segurança à sua defesa, principalmente nos momentos mais difíceis de uma partida.

Títulos : Copa do Brasil (96);Campeonato Mineiro (94/96/97/98);Copa Master (95);Copa Ouro (95);Campeonato Baiano (92);Campenato Mundial de Juniores (93);torneio Pré Olimpico (96/2000); Campeonato Brasileiro (99 pelo Corinthians); Campeão Mundial Interclubes (2000 pelo Corinthians)Clubes : Vitória (BA); Cruzeiro (MG); Corinthians (SP).Seleção : Jogou pela Seleção Brasileira em (96/97/98/99/2000)


Douglas

O grande ídolo da década de 80.

Criado na base, Douglas foi promovido aos profissionais ainda jovem. Tinha como principal característica o posicionamento, o bom passe e a garra.

Tornou-se ídolo da torcida num período de poucas glórias para o clube: a década de 80. Saiu em 1988, indo jogar na Portuguesa como ponte para o Sporting, de Portugal.

Retomou em 1992 para fazer parte da equipe que ficou conhecida como "Dream Team" e conquistou a Supercopa. Num fato inédito foi alvo de um movimento dos próprios atletas, que exigiram da diretoria a renovação do seu contrato.

Fica evidente a importância de Douglas não apenas para a massa torcedora, mas para a própria história do Cruzeiro.

Nome: William Douglas Humia Menezes
Nascimento: 17/03/1963
Local: Belo Horizonte - MG
Posição: Volante
Quando jogou: 8 anos (81-87 e 92-94)
Títulos: Supercopa em 1992, Copa do Brasil em 1993, Campeonato Mineiro de 1984, 1987, 1992 e 1994.


Marcelo Ramos (Flecha Azul)

Marcelo Silva Ramos, centroavante, nasceu em Salvador no dia 25 de junho de 1973. Iniciou sua carreira no Bahia, de onde veio para o Cruzeiro em 1995 com a missão de substituir o craque Ronaldinho.
Em sua primeira fase no Cruzeiro destacou-se pelos gols decisivos e acabou também sendo vendido ao PSV, outra vez para substituir Ronaldinho.Não se adaptou ao futebol holandês e retornou ao Cruzeiro em 1997, quando o clube disputava as quartas de final da Libertadores e o play-off do Mineiro. Solucionou o problema da escassez de gols do ataque e decidiu algumas partidas, sagrando-se campeão em ambas competições. No ano passado, marcou seu centésimo gol com a camisa do Cruzeiro.

Alguns de seus gols entraram para a história do clube, como os dois que marcou na final da Copa do Brasil em 1996 contra o Palmeiras, o gol de penalti que decidiu a Copa Master em 1995 e o gol do título mineiro de 1997 na final histórica contra o Vila Nova.Com a marca de 120 gols, Marcelo é o único jogador em atividade que pode ultrapassar a marca de Tostão que é o maior artilheiro da história do clube

Clubes :Bahia (91/95), Cruzeiro (95 a 99), PSV (96/97), Palmeiras(99/2000), São Paulo (2000).
Títulos : Campeão Libertadores 97, da Copa Ouro em 95, Copa Master em 95, Copa do Brasil 96, tricampeão Mineiro 96/97/98, campeão da Copa dos Campeões de Minas 99 e da Copa Centro-Oeste, campeão Baiano 91/93/94 e campeão Holandês 97.
Seleção : Convocado em 1995.
Artilharia : Já marcou 120 gols pelo Cruzeiro.
Foi artilheiro do Campeonato Estadual em 96 com 23 gols.


Nonato
O lateral esquerdo Nonato faz parte da história do Cruzeiro. Titular do time por 7 anos, este potiguar de Mossoró tem em seu currículo nada menos que 13 títulos com a camisa do Cruzeiro, entre conquistas regionais, nacionais e internacionais. Em todas as finais, a honra de levantar a taça é dele, capitão do time.
Dono de uma personalidade forte, Nonato garante que o segredo do seu sucesso na Toca da Raposa foi a superação de problemas nos momentos em que o time mais precisava dele. Começou como amador, no Baraúnas, de Mossoró. Ficou lá até 88, quando foi emprestado ao ABC, de Natal. Em fevereiro de89, o ABC comprou o seu passe. Em 90, foi emprestado ao Pouso Alegre e disputou o Campeonato Mineiro dedaquele ano. No segundo semestre, o Pouso Alegre comprou o seu passe e emprestou ao Cruzeiro para a disputa do Campeonato Brasileiro. No dia 10 de Janeiro de 91, o Cruzeiro comprou o seu passe ao Pouso Alegre.

Quando chegou o time já tinha dois laterais, o Eduardo, ex-Fluminense, e o Paulo César, ex-Grêmio. Mas conseguiu mostrar um bom futebol e logo conquistou a condição de titular. Para Nonato o mais importante nesta sua longa permanência no Cruzeiro foi a sua regularidade nas partidas. Nunca foi um jogador que vai a mil e depois cai para cem. Na hora das decisões, nunca se acovardou. Muito pelo contrário, se superou e lutou o tempo todo.

Títulos: Supercopa (91/92);Copa do Brasil (93/96);Campeonato Mineiro(92/94/96/97);Copa Ouro (95); Copa Master(95); Copa do Imperador (96); Torneio dos Campeões Mineiros (91); Torneio Governador Eduardo Azeredo (95)


Ricardinho (Mosquitinho Azul)
Com 1,70m de altura, corpo franzino, peso médio na casa dos 60Kg, o craque Ricardinho vem provando que um volante não precisa ser uma máquina musculosa, mas sim ter futebol, bom fôlego e visão de jogo.Com sete anos de Cruzeiro, clube do seu coração, ele é um colecionador de títulos. Chegou para o juvenil celeste em 1993 e, um ano depois, pouco antes de completar 18 anos de idade, já obtinha seu primeiro título profissional, no time Azul estrelado que venceu um Mineiro de 1994.

A história do início da carreira de Ricardinho não é muito diferente daquela vivida por tantos jogadores, que com talento e perseverança obtiveram êxito em suas carreiras.

Após a fase das alegres peladas de rua com os amigos de infância, o menino começou a jogar no Açucareira time de sua cidade, Passos, no sudoeste mineiro.

Mais tarde em 1993, o Cruzeiro foi jogar em sua cidade contra o Esportivo, pelo campeonato mineiro, Ricardinho disputou a preliminar pelo seu clube, o Açucareira, contra o mesmo Esportivo, na categoria juvenil. Vendo a preli- minar estava o Salvador Masci, diretor de futebol do Cruzeiro, que gostou muito do estilo daquele garoto.

Dias depois, Ricardinho apareceu na Toca para o sonhado teste . O treinador do juvenil era Eduardo Amorim, que também gostou de seu futebol, mas pediu para que o garoto voltasse alguns dias depois, pois havia muitos jogadores para a posição. Ricardinho voltou e nunca mais saiu da Toca.

O garoto foi vencendo desafios, inclusive o da saudade da família : "Vestir a camisa profissional do Cruzeiro era e é o sonho de todos os garotos das categorias de base e, como meu pai trabalhava em Passos e não podia vir para Belo Horizonte, fui morar na Toquinha, com saudades da família, claro, mas sempre otimista com relação ao futuro".


Ronaldo
Cruzamento da direita apanhou o menino Ronaldo de costas para o gol. Cercado por dois zagueiros corinthianos, o centroavante cruzeirense pulou como se fosse cabecear e, com estilo, dominou a bola no peito. Depois, sem deixá-la tocar o chão, virou o corpo desferiu uma bomba que passou, caprichosamente, rente à trave superior. O lance espetacular deixou boquiabertos os torcedores presentes ao Pacaembu, no dia 10 de novembro, e ofereceu um bom resumo das muitas qualidades do camisa 9 do Cruzeiro: frio, preciso e ainda de tudo, surpreendente.

Ele tem uma qualidade rara no atual futebol brasileiro, testemunha o inesquecível Tostão, tricampeão mundial de 1970. Toca pouco na bola, mas, quando o faz, é capaz de decidir um jogo.

Ronaldo balançou as redes adversárias 12 vezes nos 14 jogos do Cruzeiro no Brasileirão de 1994. E de todas as maneiras. Até mesmo roubando, com a sutileza de um batedor de carteiras, uma bola dominada pelo experiente goleiro Rodolfo Rodríguez, do Bahia, para fazer seui quinto gol naquela partida - o Cruzeiro venceu por 6x0.

Exatamente por isso, o técnico Carlos Alberto Silva optou por lançá-lo na equipe do início do campeonato, repetindo o que fizera com Careca no Guarani em 1978. Não há comparação entre os dois, mas Ronaldo tem uma habilidade fantástica, avalia Carlos Alberto.

O garoto chegou à Seleção Brasileira com o mesmo jeito simples com que buscou um espaço nos juvenis do Flamengo, em 1991. Foi aprovado, mas não pôde permanecer no clube por falta de dinheiro para a condução entre o distante subúrbio carioca de Bento Ribeiro, onde morava, e a Gávea. Assim, foi parar no São Cristóvão, onde acabou descoberto por Jairzinho, então técnico: "Jair me deu muitas dicas sobre como me comportar contra os zagueiros.

"Daí em diante, a caminhada foi rápida. Convocado para a Seleção Brasileira Juvenil, disputou o Campeonato Sul - Americano da categoria em 1993, sagrando-se campeão e artilheiro da competição com oito gols. Depois disso, Jairzinho comprou seu passe, ficando com 45% e vendendo 55% para o time mineiro.

Não esperava tanto sucesso em tão pouco tempo, diz Ronaldo. Nem toda a torcida brasileir, que já começava a se acostumar com o o sorriso infantil e os gols de raro oportunismo da nova sensação da Toca da Raposa.


JOGADORES HISTÓRICOS
1980 – 1990
Careca (Atacante), Charles (Atacante), Mário Tilico (Atacante), Fabinho (Volante), Adilson Batista (Zagueiro), Luizinho (Zagueiro), Renato Gaúcho (Atacante), Roberto Gaúcho (Atacante), Boiadero (Meia), Luis Fernando Flores (Meia), Paulo César Borges (Goleiro), Balú (Lateral direito), Wilson Gottardo (Zagueiro), Valdo (Meia), Belletti (Volante), Fábio Junior (Atacante), Toninho Cerezo (Meia), Palhinha (Meia), Elivelton (Meia/Lateral esquerdo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário